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Eduardo da Silva

Ter noção na prática o que é ter empatia


Esta é a coluna Quem Tece a Redes, um compilado das histórias de pessoas que constroem a nossa organização e que tecem todos os dias o que fazemos de melhor: ações e projetos para moradores da Maré. Conheça aqui essas histórias, trajetórias, experiências e a própria história da Redes da Maré - e como esse trabalho e os desafios enfrentados a partir da pandemia os têm transformado.

O Eduardo da Silva é o tipo de cara que a gente pode chamar de “mareense raiz”: dos seus 53 anos de vida, apenas dois ele não viveu na Maré. Toda trajetória de vida do Edu, como é chamado, tem endereço na Rua das Rosas, na Nova Holanda. Também não é de hoje que ele conhece o trabalho da Redes da Maré: ele acompanha especialmente as lutas da nossa querida diretora Eliana Sousa Silva há muitos anos. O que é novidade na vida desse mareense é a possibilidade de ajudar pessoas.


“Sempre achei muito importante ajudar as pessoas, mas nunca tive oportunidade, mas foi muito gratificante poder ajudar”. Antes da pandemia ele trabalhava como cozinheiro, mas com o início das ações da campanha resolveu chegar junto para se voluntariar. Ele trabalhou abastecendo os carros e distribuindo cestas básicas e kits de higiene; recepcionando moradoras e moradores no centro de testagem; e agora é um dos articuladores das ações de isolamento seguro, do Conexão Saúde - de Olho na Covid.

Durante a nossa conversa, Edu enumerou alguns momentos marcantes ao longo do trabalho na campanha, sobretudo no contato com as famílias. Ele disse que com o trabalho que desenvolveu pôde “ter noção, na prática, o que é ter empatia”. Ele destacou uma situação em que o casal contou estar pedindo a Deus solução para o momento que viviam - os dois e mais três filhos não tinham nada dentro de casa para se alimentar quando a cesta básica chegou. “Trabalho desde os meus 9 anos de idade, sempre fui da paz. Esse período me transformou muito”.

Perguntamos para o Edu o que ele espera de um momento ‘pós-pandemia’: só espero que as pessoas sejam melhores umas com as outras. Ninguém vive sem o outro, mas as pessoas não entendem isso. A maioria só pensa em si próprio, é complicado demais. Não tenho nem palavras pra falar da Redes. O trabalho da Redes já era extraordinário, mas se superou, pois acolheu uma coisa que nem era da sua alçada”.

O Edu é mais uma das forças que foram fundamentais para o trabalho da Campanha Maré diz NÃO ao Coronavírus. E por ele, a caminhada junto à Redes da Maré só está começando! Bom pra gente!

 

 

 

 

Rio de Janeiro, 20 de outubro de 2020.

 

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