Em julho, a recorrência das operações continuou a atingir não só a Maré, mas outras comunidades próximas como Manguinhos e, também, na Cidade de Deus, zona oeste do Rio de Janeiro.
No dia 14 de julho, desde as primeiras horas da madrugada, moradores Nova Holanda, Parque União e de Marcílio Dias relataram uma intensa troca de tiros e a presença de veículos blindados. Por volta das 11h, também foi confirmada a operação em Rubens Vaz. Não foi identificada a presença de ambulância para socorrer os feridos e nem câmera nos uniformes dos policiais. Ainda que a Polícia Militar tenha aderido o uso das câmeras de monitoramento, os batalhões especializados que realizam operações em favelas, não incorporaram essa tecnologia.
Serviços básicos estão suspensos, e unidades de saúde da região, como a Clínica da Família Jeremias Moraes da Silva (Nova Holanda) e o CMS João Cândido (Marcílio Dias) não estão funcionando. Cerca de 150 atendimentos agendados deixaram de ser realizados pelo SAS Brasil.
Mesmo com a ADPF das Favelas e com a proposta de construção de um Plano de Redução da Letalidade Policial em curso, é mais do que necessária a fiscalização do Ministério Público, visto que é o principal órgão de controle das polícias.
A equipe do eixo Direito à Segurança Pública e Acesso à Justiça está acompanhando e monitorando esses acontecimentos, com plantão no prédio central da Redes da Maré (Rua Sargento Silva Nunes, 1012 - Nova Holanda) e na Casa das Mulheres da Maré (Rua da Paz, 42 – Parque União), para o atendimento e encaminhamento das vítimas, além da produção de dados. A Assessoria de Imprensa da Polícia Militar informou em nota que não há registros de pessoas mortas ou feridas, até o momento desta publicação.
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