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Redes da Maré e Casa Preta da Maré recebem Prêmio Marielle Franco de Direitos Humanos

Julia Bruce

Na semana em que é comemorado o Dia Internacional dos Direitos Humanos (10/12), a Redes da Maré e a Casa Preta da Maré, um dos mais novos equipamentos da organização, receberam o Prêmio Marielle Franco de Direitos Humanos, pela deputada estadual Renata Souza, cria da Maré, em evento na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), no dia 6 de dezembro. Elas foram indicadas nas categorias “Instituição” e “Projetos”, respectivamente.

O projeto é uma criação da deputada estadual Renata Souza (PSol), cria da Maré, e busca homenagear e reconhecer personalidades, movimentos, coletivos, projetos e instituições comprometidos com os direitos humanos e que se destacaram, ao longo do ano, no desenvolvimento de ações de promoção, valorização e defesa de direitos no Rio de Janeiro. O nome do prêmio é referente à atuação de Marielle Franco, ex-vereadora do Rio que pautava suas causas no fortalecimento das mulheres, da população negra, LBGT+ e da favela. Dos 36 homenageados, sete foram do Conjunto de Favelas da Maré, incluindo o Observatório de Favelas, a Coletiva Resistência Lésbica, o Instituto Trans da Maré e Bloco Se Benze Que Dá.

 

 

Representando a Redes da Maré, estiveram presentes os coordenadores do eixo Direito à Segurança Pública e Acesso à Justiça, Liliane Santos e Maykon Sardinha, e o coordenador da campanha “Somos da Maré. Temos Direitos!”, Artur Viana. A organização foi homenageada pelas ações dos eixos Arte, Cultura, Memórias e Identidades e Direito à Segurança Pública e Acesso à Justiça. Desde os anos 1980, a organização da sociedade civil atua a partir da mobilização de moradores, da articulação de rede e parcerias, de ações de incidência política e da produção de conhecimento para tecer redes necessárias e efetivar os direitos dos mais de 140 mil mareenses.

 

Da esquerda para a direita: Artur Viana, Liliane Santos e Maykon Sardinha com o certificado do Prêmio Marielle Franco, na Alerj

 

A equipe da Casa Preta esteve em peso no evento, com a presença dos coordenadores Fernanda Viana e Carlos André, dos mobilizadores David Alves e Ludmilla Braga, dos educadores Millena Ventura e Tiago Blanc, e do produtor Rodrigo Almeida. A coordenadora do eixo Arte, Cultura, Memórias e Identidades, Pâmela Carvalho, e o motorista Fábio Costa, também acompanharam a premiação. A Casa nasceu em 2019 com o propósito de atuar na produção de conhecimento sobre questões relativas à raça e ao racismo na composição da população da Maré. No momento, o espaço físico está em construção na favela da Nova Holanda.

O produtor da Casa Preta da Maré Rodrigo Almeida, de 23 anos, reforça a importância desse prêmio para a atuação no território este ano, com formações como a Escola de Letramento Racial e o Cine-Conceição. “É muito gratificante e honroso receber um prêmio deste. É reconhecimento, é motivação, é saber que nosso trabalho está no caminho certo. Seguimos firmes com o objetivo da reeducação das relações raciais, o fomento à cultura preta e a construção de uma sociedade antirracista”.

 

Da esquerda para a direita: Millena Ventura, Fernanda Viana, Fábio Costa, David Alves, Rodrigo Almeida, Carlos André, Tiago Blanc e Pâmela Carvalho

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