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Quais são os impactos da territorialização das violações de direitos?

A Maré vivencia, desde a tarde desta sexta-feira (16), uma operação policial que viola direitos e deixa moradores do Parque União, Rubens Vaz e Nova Holanda sob tensão dentro de suas próprias casas.

Segundo nota da assessoria da PMERJ, a ação, que ocorre há mais de 19 horas no Parque União, favela com mais de 20 mil moradores, acontece para coibir a ocupação indevida do CIEP César Perneta. Mas, de acordo com os depoimentos recebidos pela equipe da Redes da Maré, que acompanha as operações em campo e também no acolhimento a moradores, a operação ultrapassou os muros da escola e violou diversos direitos dessa comunidade: invasões a domicílios, depredação de automóveis, crianças e profissionais presos dentro de creches e ONGs e a negação ao direito de circular no próprio território, além do sentimento constante de medo e temor do próximo acontecimento, inclusive durante toda a noite, quando a polícia permaneceu no território.

É inaceitável que a sociedade normalize, não se choque e não se mobilize contra as violências, violações e excessos das ações policiais nas favelas do Rio. Cobramos do Estado um posicionamento sobre a ação que negligência as determinações do Supremo Tribunal Federal, por meio da ADPF das Favelas, e naturaliza o desrespeito a diversos direitos constitucionais dos cidadãos da Maré.

Neste momento, nossa equipe segue acompanhando em campo, com atendimento de plantão para receber denúncias de violências durante a operação, nas sedes da Redes da Maré, no prédio central da Nova Holanda, na Rua Sargento Silva Nunes, 1012, e no Parque União, na Casa das Mulheres da Maré, na Rua da Paz, 42, e também on-line pelo WhatsApp (21) 99924-6462.

Acompanhe a cobertura do @maredenoticias on-line para saber mais sobre os acontecimentos.

 

Rio de Janeiro, 17 de julho de 2021

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