Foi no ano de 1971, no Clube Náutico Marcílio Dias, em Porto Alegre, que um grupo de pensadores, militantes e intelectuais negros se reuniu para relembrarem Palmares, seus líderes e outros milhares de pessoas que foram retiradas do continente africano e trazidas às Américas para serem escravizadas.
O grupo ali reunido tomou ciência de que 20 de Novembro de 1695 era a data da morte de Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, espaço que, por 95 anos, resistiu à violência escravista no período colonial. Decidiram assim a escolha da data para a celebração do Dia da Consciência Negra, por evidenciar a contribuição incontestável das pessoas negras para a construção do Brasil e expressar a luta dos Movimentos Negros contra o racismo e a desigualdade racial.
Neste 20 de novembro, lembramos a importância dos movimentos sociais na transformação da sociedade como um todo que, através do coletivo e da certeza do direito à dignidade faz justiça e onde as possibilidades de uma sociedade racialmente equitativa se constrói.
Gostaríamos de lembrar que estar contra o racismo é exercício diário de reaprendizado, de deixar para trás certezas limitantes, é enfrentar conflitos internos e externos e compreender que essa empreitada é também coletiva.
A liberdade se fez semente no coração dos que acreditam que nem sempre é preciso ter asas para alçar voos e que através de mentes fortes e pés descalços caminhos de esperança foram traçados, permanecem e são firmemente seguidos.
Queremos ver quando Zumbi chegar!
Redes da Maré
Rio de Janeiro, 20 de novembro de 2021
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