(1) CONVIVÊNCIA:
criação de alternativas para pessoas em situação de rua e/ou com uso prejudicial de drogas e familiares; escuta ampliada, atendimento compartilhado, acesso à direitos básicos (higiene e alimentação, descanso), oficinas artísticas e culturais, acesso à espaços culturais e de lazer na cidade, inclusão digital, vinculação familiar e territorial.
(2) ARTICULAÇÃO E INCIDÊNCIA POLÍTICA:
ARTICULAÇÃO E INCIDÊNCIA POLÍTICA: articulação institucional e territorial para construção de uma agenda local de redução de danos. A partir de encontros semanais com as instituições públicas que atendem a população, compartilha-se o cuidado e amplia-se a rede de apoio e acesso a direitos. Atualmente o projeto está presente nos seguintes espaços de representação e discussão do tema: Fórum de Drogas e Cuidado dos moradores da Maré; Fórum de Maternidade; Fórum de pessoas em situação de rua; Conselho Municipal Antidrogas do Rio de Janeiro; Fórum Estadual de Políticas Públicas sobre drogas - secretaria estadual de prevenção às drogas e da Plataforma Brasileira de Política de drogas ( PBPD). Além de participar, o projeto também promove o encontro de instituições e equipamentos que atendem na Maré o público do projeto, em reuniões semanais do do ATENDA - Dispositivo de atendimento integrado. Link para artigo!
(3) PROTAGONISMO:
Incentivo ao protagonismo das pessoas que convivem diariamente no espaço, fomentando a apropriação e defesa dos seus direitos, através da participação em fóruns e conselhos temáticos e outras formas de organização, e geração de renda. A metodologia do suporte entre pares é uma ferramenta de transformação positiva da realidade de pessoas vulnerabilizadas em situação de rua e que utilizam drogas. ELAS EM CENA - as quartas-feiras são dedicadas à convivência entre mulheres. A partir do protagonismo das mulheres, o EN desenvolve estratégias específicas para práticas de cuidado com perspectiva de gênero.
(4) SENSIBILIZAÇÃO E PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO:
Sobre práticas de redução de danos em contextos de violência; sensibilização dos moradores, profissionais e vizinhos, formações, cuidado territorial/cuidado compartilhado, ações de rua e ações na cenas de uso de crack e outras drogas na região.
(5) PESQUISA E FORMAÇÃO:
PESQUISA E FORMAÇÃO: O projeto iniciou em 2015 com uma pesquisa na cena de uso da Flávia Farnese. Essa pesquisa publicou o artigo “Meu nome não é cracudo” e iniciou uma série de ações e articulações que fizeram o projeto chegar até o Galpão Espaço Normal. Entre 2019 e 2022, o EN foi parceiro da pesquisa (Construir Pontes).
Em 2023, o EN iniciou uma pesquisa-ação sobre as práticas de cuidado com perspectiva de gênero (Elas em cena). O EN colabora na formação de diversos profissionais, a partir da inserção no serviço de residentes multiprofissionais e estagiários. - Residência multiprofissional da Secretaria Municipal de Saúde- RJ nos moldes de estágio externo; - Residência multiprofissional do Instituto de Psiquiatria IPUB/UFRJ.
Em janeiro de 2018, enquanto o Espaço era preparado para ser inaugurado, Normal morreu vítima de bala perdida na cena da rua Flávia Farnese. Ele tinha 32 anos.
O nome do Espaço Normal se deu, então, como homenagem a Carlos e a todas as pessoas que, como ele, tiveram e têm suas vidas marcadas pela violência produzida pela guerra às drogas. O nome Normal também pretende reivindicar novos olhares sobre pessoas que usam drogas e/ou que estão em situação de rua, servindo como lembrete constante do direito a ser “diferente” combinado ao desejo das pessoas que são sistematicamente estigmatizadas pela sociedade de serem vistas como "normais”.
Conheça a história do mineiro que foi um dos primeiros distribuidores do Maré de Notícias
Pessoas em situação de rua são mais vulneráveis à violência armada
Redução de danos: humanidade para incentivar autonomia e criar laços
Fórum Sobre Drogas completa cinco anos e busca novo olhar para políticas de saúde pública
VEJA MAIS PUBLICAÇÕES SOBRE O EQUIPAMENTO NO MARÉ ONLINE
Assistente administrativo
Thaís Andrade
Coordenação do Espaço Normal
Elivanda Canuto e Rodrigo Pereira
Redutores de danos
Anderson Oliveira, Messias Honorato, Lucas Brandão, Paulo Ricardo Azevedo e Lilian Leonel, Thais Andrade
Assistente social
Priscila Niza
Supervisão institucional
Luna Arouca, Maiira Gabriel Anhorn, Fernanda Vieira
Associação de Moradores do Parque Maré
Núcleo Interdisciplinar de Ações para Cidadania (NIAC/UFRJ)
Centro de Estudos sobre Segurança e Cidadania (CESeC)
CAPSad III Miriam Makeba
SMASDH/CASDH
SMASDH/4ª CDS
Consultório na Rua Manguinhos
CREAS Nelson Carneiro
CRAF Tom Jobim
Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV) - Fiocruz
Clinica da Família Jeremias Moraes da Silva
NASF
CNDDH – Conselho Nacional de Defesa dos Direitos Humanos da População em Situação de Rua e dos catadores de Materiais Recicláveis / RJ
Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro
Defensoria Pública da União
Colégio Estadual Professor Joao Borges de Moraes
Escola Municipal Bahia
Programa Crack, Álcool e outras drogas - Fiocruz
Plataforma Brasileira de Política de Drogas – PBPD
Defensoria Publica do Estado do RJ (NUPEM e NUDEDH)
Cineminha na Cena: Bhega Silva – Cineminha no Beco
Espaço de convivência: De segunda a quinta-feira, das 9h às 15h. Nas quartas-feiras, os atendimentos são exclusivos para mulheres. Nas sexta-feira o espaço funciona das 9h às 12h30.
Para tirar dúvidas, escreva para espaçonormal@redesdamare.org.br
Galpão do Espaço Normal
Rua 17 de fevereiro, 237 - Parque Maré
Telefone: 21 3105-4767
Em 2015 a Redes da Maré desenvolveu um processo de aproximação à cena aberta de consumo de drogas da rua Flávia Farnese, na Maré, atípica no Rio de Janeiro por sua estabilidade geográfica e demográfica. Combinando observação participante, criação de vínculos, intervenção, articulação institucional e entrevistas semiabertas com 59 dos cerca de 80 moradores da cena, buscou-se traçar o perfil e identificar as demandas dos moradores, entender as dinâmicas incidentes no espaço que ocupam e mapear as políticas de atendimento que ali atuam. Ponto de convergência de problemas sociais urbanos e contexto marcado por diversas violências, discriminações e trajetórias de marginalização, o estudo da “cracolândia” revela a urgente necessidade de políticas públicas integradas, capazes, inclusive, de ampliar as práticas de redução de danos para além das relacionadas diretamente ao uso de drogas. Revela também a importância da mediação de uma organização da sociedade civil integrada no território para articular demanda e oferta de políticas públicas, e facilitar a formulação de estratégias sustentáveis de atendimento aos usuários de drogas em situação de rua.
Esta Coletânea, fruto de um esforço coletivo, reúne as produções de diferentes pesquisas e pesquisadores vinculados ao Núcleo de Pesquisa sobre Políticas de Prevenção da Violência, Acesso à Justiça e Educação em Direitos Humanos (NUPPVAJ), ligado ao Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ela foi possível graças ao apoio do CNPq1 ao Projeto de pesquisa2 “Políticas intersetoriais de Prevenção à Violência Urbana junto às populações em situação de rua”, no período de outubro de 2013 a outubro de 2017. Seu eixo condutor são um olhar que evita projeções etnocêntricas e uma escuta que se abre para as demandas das populações em situação de rua por reconhecimento, afrmação e efetivação dos direitos de cidadania.
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS @ 2024 REDES DA MARÉ - Associação Redes de Desenvolvimento da Maré
As imagens veiculadas neste site tem como objetivo divulgar as ações realizadas para fins institucionais. Entendemos que todas as fotos e vídeos têm o consentimento tácito das pessoas aqui fotografadas / filmadas, mas caso haja alguém que não esteja de acordo, pedimos que, por favor, entre em contato com a Redes da Maré para a remoção da mesma (redes@redesdamare.org.br).